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a Islandia nao tem so vulcao e Bjork. O reverendo Fabio Massari ate ja escreveu um livro sobre a cena musical da ilha gelada. E as revistas musicais daqui dos states nao param de falar de outra novidade made in Iceland: Jónsi. Eu nao suporto new age, mas vou confessar que to curtindo pacas. Agora que descobri que ele faz dois shows aqui em Boston no começo de maio, ja estou guardando dindin pra conferir a performance ao vivo.

Como diria Falcão: é, não se fala noutro assunto. O Tim Festival dominou o holofote das atenções neste final de semana. Domingo foi dia de ver Spank Rock, Hot Chip, Bjork, Juliette and The Licks, Arctic Monkeys e The Killers no Anhembi. A maratona começou cedo. Eu e a Ju fomos as primeiras da nossa turma a adentrar os portões. Seguindo a regra dos grandes shows, tínhamos um QG e o nosso foi estipulado que seria do lado direito do palco. A surpresa maior ao chegar por ali foi dar de cara com os tapumes pretos que diziam que naquela área, somente vips podiam circular. O filé mignon estava confinado aos mais mais. Achei um verdadeiro desrespeito com o público, que pagou R$ 200 (ou R$ 100, que seja !) no ingresso e só pôde ver os show do cercado para trás, uma vez que o foie grais era para poucos. Azar o deles, bom mesmo é ver o show da galera, pra poder ver os modelões, pular junto e ouvir os comentários diretamente da massa. É mais rock ! O que pensam os vips e blasés não importa, sinceramente. Mas vamos aos shows que é o que interessa.

Uma das grandes surpresas pra mim foi o Spank Rock. Não fazia muito questão de assistir ao show deles e confesso que só cheguei mais cedo com medo de perder o Hot Chip. E relembrei como surpresas podem ser boas. Em plena luz do dia os americanos poucos conhecidos conseguiram levantar a massa, que dançava junto, mesmo sem conhecer um único refrão. Performance boa, com direito a tambores, passinhos no palco e até mesmo mosh do cantor no final da apresentação e champagne pra geral.

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Se o Spank Rock tinha causado a boa impressão, a ansiedade gritava para ver o que aconteceria na hora do Hot Chip. Quando a noite caiu e a galera ainda adentrava os portões do Anhembi os ingleses deram início ao show com empolgação. A surpresa viria duas músicas depois. Uma pane no som nos deixou no seco por uns 20 minutos. Dava pra ver nas pessoas ao redor a cara de interrogação. A dúvida era: é isso mesmo ? acabou ? somente três musiquinhas ? e o hino Over and Over ? Mas eles retornaram ao palco. Só que pra mim já não era mais o mesmo. O pega já tinha sido cortado. E olha que eles disseram que o público paulistano era melhor que o carioca ! A apresentação foi encerrada com uma nova roupagem do “laid back”.

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Uns 40 minutos. Esse foi o tempo que a Bjork levou para montar seus cacarecos no palco. E foi o momento de congestionamento no Anhembi. Se antes dava pra dançar numa boa, com a esquimó o espaço cubico ficou disputado como em Tokyo. Pra chegar até o banheiro era uma lenda. Neste momento senti que ela era a figura mais aguardada das redondezas. No palco, uma série de bandeiras. O grupo Wonderbrass começa a apresentação em fila indiana. Bjork causou histeria com seu figurino pra lá de exotique. Como diria a Eberina ao meu lado: “foi o Dudu Bertolini que fez”. O turbante não enganava ! Uma brincadeira a parte, já que os figurinos criados por Bernhard Willhelm era aguardado pelo povo da moda. “Earth Intruders” foi a música escolhida para abrir. Show longo, performático, com repertório de alguns hits, mas lentos. Na minha opinião aliás, bem chato. Uma apresentação para ver sentada, não de pé no meio da massa. O destaque foi o reactable, uma mesa de som altamente high-tech que movia a batida a cada movimento.

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Mais uns 40 minutos depois pra esquimó juntar todo o cacareco colocado no palco, boa parte do público indo embora, fomos então agraciados pela Juliette and The Licks. O troféu de mais sexy foi para ela. Com caras e bocas ela ouriçou a platéia e uma das frases mais gritadas Anhembi afora era GOSTOSA. Com seu look preto e vermelho colado no corpo e sua pena apache, ela levantou a galera com “Hot Kiss”. Dava para ouvir o povo cantar junto. E ver as penas apaches na platéia chacoalhar junto também. Ela fez de tudo um pouco, requebrou os quadris, balançou os peitos, aproveitou o corpão com figurino pra lá de sensual, mandou beijos pra todo mundo, deu cambalhotas e até mesmo se enrolou numa bandeira brasileira. Mas a qualidade do som deixou a desejar. O som era abafado, nitidamente inferior ao da Bjork. Pensei: ela levou junto com os cacarecos dela metade das caixas de som. O melhor era a banda entrando no clima sexy e tocando sem camisa. Ô time lá em casa !

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Já era uma da madrugada e os ossos do corpo doíam por inteiro. Quando pensava que não tinha mais gás em mim, eis que o show mais incendiário começava. Os Arctics Monekys ganharam a medalha de ouro do festival. O melhor som da noite. Rock n´roll e da melhor qualidade. Um som cru, seco e que fazia o corpo podre dançar. O baixo de Nick O´Mailley ainda ressoa na minha caixa craniana. Não consigo nem me lembrar da primeira música, só sei que o Anhembi veio abaixo logo nos primeiros acordes de Brianstorm. No palco, quatro meninos franzinos quebrando tudo. Teve quem reclamou da frieza britânica. Das músicas secas e sequenciais. Mas inglês é assim meu povo ! Não dava nem para ver a cara deles. O telão só funcionou no meio do show. Penso que a intenção era justamente essa. Na contraluz do palco, só dava pra ver a silhueta. Afinal, não importavam as espinhas na cara da moçada. Era pra ouvir e dançar.

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Três e meia da manhã. Debandada geral do povo. Da nossa turma, somente as guerreiras: eu e Ju. No bar do lado direito nem água, nem refri, nem cerveja, nem nada mais para beber. O jeito era atravessar e pegar algo líquido do lado de lá. Semi zumbis, decidimos mudar de ares e ver do extremo oposto. Surpresa ! A área vip não comia todo espaço e visão era infinitamente melhor. Dava pra ver o Brandon Flowers mais de perto ! A carcaça resistiu até o último momento, mesmo sabendo que dali a horas deveria estar na ativa trabalhando. Nessa hora já estava puta com a desorganização do evento, previsto para acabar às tres e meia da manhã. Se os Arctics levaram medalha de ouro no quesito som, os The Killers ganharam na categorial espetáculo. A melhor cenografia. O que esperar de uma banda de Las Vegas ? Muitas flores, luzinhas de Natal, caixotes e até mesmo enfeites de chifre e um luminoso “Sam´s Town”. Altamente kitsch. E sim, Brandon Flowers conseguiu levantar a galera mesmo as quatro da matina. Tudo bem, ele decepcionou com o look mais óbvio, todo de preto, mas a energia sobrava no corpo franzino pra subir nas caixas, reger o público cantando e anunciar que aquilo ali era só o começo. Abusado. Vieram todos os hits e logo depois de Mr. Brightside, coluna latejando de quase 12 horas de pé, decidi que poderia ir embora feliz. Até os portões deu pra ouvir Bones e do táxi ouvi a última canção “When you were young”. Deu vontade de ver um show só deles. E um ótimo final prum festival pop. Vou esperar o povo subir no You tube os trechos e depois coloco aqui.

e o troféu joinha vai para:

1 .os banheiros. Do meu lado, de verdade (xô químico) e sempre com papel.

2 . os telões no intervalo com algumas mensagens hilárias. cadê o padê ? (Modjemaaa), Lars Von Triers mandou lembraças para Bjork, mo estou grávida foram algumas pérolas coletadas na ação do club social durante toda troca de show.

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o que é melhor num dia de chuva ?? ela que veio direto da terra do gelo ! Acompanha a prévia do que está por vir. Bjork – Earth Intruders, ao vivo no Jools Holland.